29 de mar. de 2011

Firefox 4 vs. Internet Explorer 9



Detalhe que o infográfico tá hospedado em um servidor da Mozilla

O @viniciuskmax mandou esse link aqui, comparando o quão moderno (atual) é o Internet Explorer em comparação com o também recém-lançado Firefox 4.

Bem, foda-se. Em casa eu to usando o Chrome, na maior parte do tempo, mas não pq eu PREFIRA ele tecnicamente, mas só pq ele rolava melhor no meu outro PC que era uma carroça. Ai quando dei o UPGRADE (aliás, um belo salto qualitativo, fui de AMD Sempron pra Pentium i7 direto), continuei usando o Chrome. Mas tenho tanto o IE9 quanto o Firefox 4 instalado aqui.

A minha impressão é de que o Firefox é realmente mais rápido, mais leve, e se integra muito melhor a um ambiente web mais ARROJADO, com todas as traquitanas de HTML5, geolocalização, CSS3 e etc.

A partir do que eu li por ai, parece que o IE9 tá é correndo atrás do prejuízo de compatibilidade acumulado dos últimos anos. A Microsoft continua líder (até pq a grande maioria dos PCs ainda é Windows e já vem com ele da loja, o que já dá uma larga vantagem para a empresa logo de cara), mas perdeu muito espaço para a concorrência nos últimos 5 ou 6 anos.

Eu acho é bom que a Mozilla, a Microsoft e a Google se digladiem até a morte. Só quem sai ganhando é a gente, e principalmente a comunidade de programadores, que pode ir aos poucos impondo uma pauta própria de mudanças de linguagens e procedimentos e etc.

Slow Hands - Rough Patch


Som bacana, electro, baixão meia-bomba mas que marca a cabeça do beat. Climão de neo-disco, mas com pegada quase post-punk, vocal etéreo.

Wolf + Lamb vs. Soul Clap

Provém de uma mixtape do selo alemão !K7. Caçando por ai, descobri que a mixtape faz parte da "legendary DJ-KiCKS series" (que eu não conheço, me perdoem) e foi arranjada por uma dupla de duos (sic): o Soul Clap (Eli Goldstein and Charles Levine), de Boston, e o Wolf + Lamb (Zev Eisenberg and Gadi Mizrahi), do Brooklyn.

Owen Pallett - Lewis Takes Off His Shirt


Eu to tentando resistir à tentação de colocar som recente aqui, pq acho que todo mundo faz isso e música com menos de 6 meses de mercado é commodity, tem muita oferta.

Mas ouçam o Owen Pallett com o coração. O disco é meio irregular, um clima de Postal Service curtindo as férias de verão, mas essa "Lewis Takes Off His Shirt" é ótima, dá uma boa pista.

Old but Gold: Armin Meiwes

Olha a carinha de fome dele que bebêzão. Foto: Guardian

A @odeiomate e o @alpn00 relembraram desta DELICADA história sobre Armin Meiwes, o alemão que usou um fórum da internet para xavecar um outro ser humano e o convencer a lhe ceder, gentilmente, a sua própria carne para um banquete.

Detalhe que a "vítima" só topou com uma condição: ele também deveria comer um pedaço dele mesmo, além de morrer lentamente. Bibibi, o cara comeu um pedaço do pinto, foi morto a base de sedativo, pra a partir daí o "O canibal de Rotenburg" pendurar o corpo do amigo em um gancho, destrinchar, guardar na geladeira e comar a carne por meses. Esse parceiro aí do lado foi o prato principal, o Bernd Jürgen Armando Brandes, um engenheiro alemão de 43 anos.
"A carne era um pouco dura."

"A carne tem sabor de porco, um pouco mais amarga e mais forte. Tem um gosto muito bom."
Quando a carne acabou, Meiwes voltou para o fórum e foi a caça novamente. Porém, nesse ÍNTERIM, um incauto o denunciou à polícia.

A história é velha e já faz parte da história da Internet. É um clássico, já virou filme e música.

Maiores, mais sangrentos e mais gráficos detalhes no Diabólico e Sinistro, de onde eu roubei descaradamente tudo que está nesse post.

Ah, achei no Guardian um texto do Martin Robbins (esse lindo) que discute: qual é o gosto da carne humana.

EDIT 29/03/11 0h55: é óbvio que o @alpn00, um homem à frente do seu tempo, em menos de 30s encontrou um documentário sobre o caso. Para assistir (com legendas em inglês e streaming) clica aqui, fera.

28 de mar. de 2011

A pancada une


Booker T. + Sharon Jones + The National

Olhem só MAS QUE BELEZA que a Pitchfork tem lá pra gente ouvir:

O Booker T. convidou a Sharon Jones e o Matt Berninger, vocal do The National, pra participarem de "Representing Memphis", lindo southern soul que, como o próprio nome diz, é Memphis blues puro (porém com aquele toque neo-soul, pra não perder o bonde).

E o name-dropping não pára por aí. O ?ueslove, do The Roots, produziu o disco junto com Rob Schnapf (que trabalhou com o Beck no início d carreira e produziu o Elliot Smith). Ah, e a banda que acompanha o Booker T. é ninguém menos que o próprio The Roots.

MAS NÃO ACABOU. No The Road From Memphis, que é o disco novo do Booker T., você vai encontrar, além da faixa SUPRACITADA, um cover instrumental de "Everything is Everything" da Lauryn Hill.

Sente o drama.



O disco sai no dia 10 de maio lá fora, pela Anti-, mas NINGUÉM SE IMPORTA, pq provavelmente você vai poder baixar as músicas umas semanas antes do lançamento.

Uma gata e uma música


E toma um som para dar aquela saudade do que você mal viveu ou evitava viver.

26 de mar. de 2011

Som de pobre: Fernando Mendes


Você provavelmente nunca ouviu falar, mas se os seus pais já passaram dos quarenta e não viveram numa bolha (ou no exterior) nos anos 70, eles conhecem essa cabeleira aí. Esse disco vendeu milhões em 1975, o Fernando Mendes fez trilha para novela global, música de protesto contra ditadura, caiu no ostracismo, e teve um revival, quando o Caetano Veloso fez uma versão modernete para "Você não me ensinou a te esquecer" para o filme "Lisbela e o Prisioneiro", em 2003. O de sempre.



No sábado eu fui obrigado pelo meu pai a ouvir uma meia-dúzia de vezes esta música, que é sensacional, com esse climão Nick Drake, uma letra melancólica sobre a paixão por uma menina de cadeira de rodas.

E sempre que ouço o Fernando Mendes, ou o José Augusto, enfim, penso "se o Vanguart pegasse essa música e tocasse AGORA, sem falar quem é o compositor, tenho certeza que ia ter muito blog replicando o vídeo e muito like no Facebook".

Acho que, não só ele, mas todo esse pessoal dos anos 70/80 e que é considerado "brega" (que por si só é algo perjorativo, já que o próprio termo implica um preconceito de classe) é em grande parte esquecido pela história oficial da música brasileira. Waldick Soriano, Odair José, Reginaldo Rossi, Fágner, esses sim eram cantores POPULARES, que vendiam milhões e eram onipresentes em todas as rádios da época. Mas o público era em sua maioria de classe baixa, o que já diminui as chances de conseguir uma permissão do MinC para captar um R$ 1,8 milhão livre de impostos entre o empresariado mecenas do Brasil.

To fazendo essa análise rápida e superficial só para ter um motivo para colocar as músicas acima mesmo. Quem faz bem essa intersecção sociológico musical é o Pedro Alexandre Sanches, faz favor de acompanhar ele.

25 de mar. de 2011

Darwin Deez e Nova Records



Vi o Trabalho Sujo ouvindo essa e reclamando do frio. Achei bacana o som.

Depois encontrei uma coletânea da francesa Nova Records que tinha essa música. A compilação é boa, tem Quantic, Aloe Blacc, Jamie Lidell fazendo o Prince, Nas & Damien Marley e etc. Nenhuma grande novidade, mas é divertido.

Quase ao vivo #1


Todd Rundgren tocando "Hello It's Me" (na minha percepção é a música dele mais conhecida pelo grande público) em 1973, em algum programa de TV norte-americano que eu não consegui descobrir qual é.

Os comentários no youtube são sempre um show a parte e, sem querer, dão o motivo do post:
"you and freddie mercury are either related or addicted to the same drugs, because you look alike"

"we found gaga's dad"

"Liv Tyler looks more like Todd imo. Lady Gaga resembles him too. She copies his style."


Esse não é playback. Elton John tocando "Razor Face" em 1971, pra BBC. Com um power trio genial. Não consegui descobrir os nomes do baixista e do batera.

Coloquei esses vídeos por que tenho ouvido muitos esses dois (hoje) senhores. Acho que 2011 tem 66% de influência direta desses cara e da época deles, da circunstância da época.

É sempre aquela coisa: superficialmente a situação é outra, mas o esqueleto do que a gente acha que é música pop atual tem bem umas dezenas de ossos ROUBADOS dos mausoléus das obras do Elton John e do Todd Rundgren. O Freddie Mercury também tem um papel importante nisso aí.

A influência do Rundgren não é óbvia, eu sei, a carreira dele não foi comercialmente bem sucedida no mundo como a do o Elton John. Mas um outro dia eu toco nesse assunto.

EDIT 25/03/11 2h08: O @diboua discordou no twitter, falou que a Carole King "soa exatamente como esses caras", o que eu concordo, mas "trocou as fraldas dos Beatles".

Aí eu discordei.

O Tapestry, que é o disco que realmente LANÇOU a Carole King para o público do universo é de 1971. Ela é contemporânea dos caras. É só conferir a cabeleira e os timbres desse vídeo também de 71, também para a BBC.



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