26 de mar. de 2011

Som de pobre: Fernando Mendes


Você provavelmente nunca ouviu falar, mas se os seus pais já passaram dos quarenta e não viveram numa bolha (ou no exterior) nos anos 70, eles conhecem essa cabeleira aí. Esse disco vendeu milhões em 1975, o Fernando Mendes fez trilha para novela global, música de protesto contra ditadura, caiu no ostracismo, e teve um revival, quando o Caetano Veloso fez uma versão modernete para "Você não me ensinou a te esquecer" para o filme "Lisbela e o Prisioneiro", em 2003. O de sempre.



No sábado eu fui obrigado pelo meu pai a ouvir uma meia-dúzia de vezes esta música, que é sensacional, com esse climão Nick Drake, uma letra melancólica sobre a paixão por uma menina de cadeira de rodas.

E sempre que ouço o Fernando Mendes, ou o José Augusto, enfim, penso "se o Vanguart pegasse essa música e tocasse AGORA, sem falar quem é o compositor, tenho certeza que ia ter muito blog replicando o vídeo e muito like no Facebook".

Acho que, não só ele, mas todo esse pessoal dos anos 70/80 e que é considerado "brega" (que por si só é algo perjorativo, já que o próprio termo implica um preconceito de classe) é em grande parte esquecido pela história oficial da música brasileira. Waldick Soriano, Odair José, Reginaldo Rossi, Fágner, esses sim eram cantores POPULARES, que vendiam milhões e eram onipresentes em todas as rádios da época. Mas o público era em sua maioria de classe baixa, o que já diminui as chances de conseguir uma permissão do MinC para captar um R$ 1,8 milhão livre de impostos entre o empresariado mecenas do Brasil.

To fazendo essa análise rápida e superficial só para ter um motivo para colocar as músicas acima mesmo. Quem faz bem essa intersecção sociológico musical é o Pedro Alexandre Sanches, faz favor de acompanhar ele.

25 de mar. de 2011

Darwin Deez e Nova Records



Vi o Trabalho Sujo ouvindo essa e reclamando do frio. Achei bacana o som.

Depois encontrei uma coletânea da francesa Nova Records que tinha essa música. A compilação é boa, tem Quantic, Aloe Blacc, Jamie Lidell fazendo o Prince, Nas & Damien Marley e etc. Nenhuma grande novidade, mas é divertido.

Quase ao vivo #1


Todd Rundgren tocando "Hello It's Me" (na minha percepção é a música dele mais conhecida pelo grande público) em 1973, em algum programa de TV norte-americano que eu não consegui descobrir qual é.

Os comentários no youtube são sempre um show a parte e, sem querer, dão o motivo do post:
"you and freddie mercury are either related or addicted to the same drugs, because you look alike"

"we found gaga's dad"

"Liv Tyler looks more like Todd imo. Lady Gaga resembles him too. She copies his style."


Esse não é playback. Elton John tocando "Razor Face" em 1971, pra BBC. Com um power trio genial. Não consegui descobrir os nomes do baixista e do batera.

Coloquei esses vídeos por que tenho ouvido muitos esses dois (hoje) senhores. Acho que 2011 tem 66% de influência direta desses cara e da época deles, da circunstância da época.

É sempre aquela coisa: superficialmente a situação é outra, mas o esqueleto do que a gente acha que é música pop atual tem bem umas dezenas de ossos ROUBADOS dos mausoléus das obras do Elton John e do Todd Rundgren. O Freddie Mercury também tem um papel importante nisso aí.

A influência do Rundgren não é óbvia, eu sei, a carreira dele não foi comercialmente bem sucedida no mundo como a do o Elton John. Mas um outro dia eu toco nesse assunto.

EDIT 25/03/11 2h08: O @diboua discordou no twitter, falou que a Carole King "soa exatamente como esses caras", o que eu concordo, mas "trocou as fraldas dos Beatles".

Aí eu discordei.

O Tapestry, que é o disco que realmente LANÇOU a Carole King para o público do universo é de 1971. Ela é contemporânea dos caras. É só conferir a cabeleira e os timbres desse vídeo também de 71, também para a BBC.



27 de jul. de 2009

Thrice adianta lançamento de 'Beggars' depois que álbum vaza na Internet

Thrice adianta lançamento de 'Beggars'

O Thrice adiantou o lançamento digital de seu novo álbum, ‘Beggars‘, para 11 de agosto via iTunes. O lançamento, que deveria ser em 13 de outubro, foi adiantado devido ao vazamento precoce do álbum. A banda publicou um post falando sobre o caso, você pode conferir aqui.

O lançamento físico do álbum ainda não tem data.

Caceta, esse episódio foi foda heim... deu pra ver q eles ficaram meio sem chão com esse vazamento tão precoce. Cruel isso acontecer com uma banda, todo o planejamento de marketing vai pro saco.

Comentário por Alexandre Romero

o planejamento de marketing raramente é feito pela própria banda. normalmente quem cuida dessa parte é a assessoria da gravadora/selo.
não acho cruel, na verdade eu acho BURRICE que a essa altura do campeonato uma gravadora como a Vagrant não aproveite de forma mais inteligente o SWARMING de discos pela internet.

Obviously, we’re incredibly disappointed with what happened. We understand that records leak constantly and that it’s almost entirely unavoidable nowadays, but we never thought we’d have to deal with a record leaking three months before it’s release date, and certainly never thought we’d have to deal with a leak before anyone in the band had even gotten a master reference of the record, or before the artwork for the booklet had even been completed. We’re also disappointed that you’re hearing the record for the first time, watermarked, with a Vagrant Records voiceover over every song. And we’re disappointed that the leak has thrown a massive and immovable wrench into the efforts that many people have made to prepare for the three months leading up to release. That said, what’s done is done, and we’re moving forward.

fonte: http://www.thrice.net/?p=268


não acho que o Thrice saiu perdendo nessa parada. aliás, no final das contas a querela acaba se tornando algo positivo para a banda, que ganha visibilidade quando essas coisas acontecem.

a grande maioria dos possíveis ouvintes do Beggars acaba ouvindo primeiro a versão DIGITAL do álbum, baixada de qualquer lugar. em segundo, principalmente nos EUA e na Europa, nêgo adquire pelo iTunes mesmo e por último vem o CD. por isso eu penso que os LEAKS não afetam diretamente as vendas de álbuns; quem PODE VIR a comprar o CD hoje em dia não DEIXA de comprar pq tem uma cópia em mp3 no pc.

well, e a não ser que seja efetivada na internet a super vigilância invasiva que a RIAA e os Europeus pretendem implantar, a disseminação online de arquivos protegidos por copyright é IMPOSSÍVEL de ser CONTROLADA, GERIDA, IMPEDIDA em sua totalidade.

saiu HOJE no caderno Link do Estadão uma coluna do Pedro Dória que é um bom apêndice sobre esse assunto.

outro ponto que é importante ressaltar; se a Vagrant resolveu soltar uma versão ADVANCE (pré-masterizada) para a imprensa, ela deveria ter pelo menos suspeitado da possibilidade dessa versão cair na web.
mas isso pode gerar um outro efeito colateral que pode ser positivo para o álbum e para o Thrice: eles podem rastrear o que foi dito de forma opinativa sobre o álbum e remixar ou redefinir qlqr ponto do álbum que foi recebido de forma negativa por quem já ouviu o álbum.

o lance é que nem a Vagrant e nem ninguém pode simplesmente ignorar a internet (e a tecnologia digital, etc) e os efeitos em rede que ela possibilita.

31 de mai. de 2007

Gadget








Google+